quinta-feira, 19 de abril de 2007

DAS PALAVRAS QUE TU PROFERES


Das palavras que tu proferes
Algumas são doces, quietas
Pareces que beijas e queres
A boca d’alguns poetas

Palavras tuas que beijas
Suspiros que em mim nascem
Desejos lascivos e desejas
Para ti amores não passem

“Eu sou a palavra viva!”
Dizes, nascida da amargura
Dum encontro d’uma diva
E um poeta na ternura

Dito assim sem sentimento
Questionas o mais profundo
Nos muros do meu tormento.
Rasgas as palavras no mundo

Gostaria que minha imagem
Ficasse lavrada doutro jeito
Quem sabe uma miragem
Quiçá alguém de respeito

Joao Morgado

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